quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Memoria de Bergen-Belsen

Vala comum em Bergen-Belsen


Bergen-Belsen, um campo da morte



Ainda me lembro perfeitamente do dia em que fomos libertados de Bergen-Belsen, exactamente há cinquenta anos (...). Lembro-me de beijar as mãos dos soldados britânicos, chorando de alegria: tinhamos vencido, tinhamos finalmente vencido - e eu sobrevivida a Auschwitz antes de vir para Belsen. Lembro-me de implorar algo para comer e beber - a maioria dos cinquenta e cinco homens que nos guardavam tinham simplesmente fugido e há seis dias que não nos davam absolutamente nada: éramos 60 mil cadáveres vivos, vindos de todos os lados, cercando aqueles soldados incrédulos e compassivos, rodeados por 30 mil cadáveres por enterrar, montes de corpos empilhados de qualquer maneira como se fossem lenha.

Os americanos e os ingleses ficaram chocados com a nossa fome desesperada, mas imediatamente abriram os depósitos de comida dos alemães e as cozinhas dos militares aliados e cozeram pão. Nessa noite, distribuiram a toda a gente uma lata de meio quilo de banha pura de porco, dos alemães, e um pão acabado de cozer.

Infelizmente, cerca de dez mil prisioneiros morreram ainda, devido a esta súbita mudança alimentar.

No dia seguinte, os soldados americanos trouxeram depósitos de água equipados com chuveiros. Lavámo-nos e ensaboámo-nos - e vi então que os soldados britânicos nos olhavam com os olhos cheios de lágrimas. De repente percebi. Acabava de ver nos olhos deles que já não éramos um grupo de mulheres jovens, estavamos de facto transformadas nos mortos-vivos sub-humanos que os nossos perseguidores queriam que fôssemos.


Memória de Eva Roden, que tinha 17 anos quando foi libertada (in Expresso, 6 de Maio de 1995)


18 comentários:

Marisa disse...

Testemunho de Kuki Sommer, brasileira descendente de alemães. Este é um dos vários textos escritos por ela .


«Cresci assistindo ao Holocausto, isso faz parte de mim desde a minha tenra idade, sou descendentes direta de alemães, os meus descendentes vieram refugiar-se no Brasil, fugidos de führer e a sua alquimia totalitária de horrores, (...)Se leio, releio e rumino quase obsessivamente essas histórias de atrocidades, é pela simples e perturbadora razão de que elas não apenas me horrorizam, mas me ferem tão visceralmente. Parece-me que não basta sentir um repúdio intelectual por essas brutalidades. É preciso, por um milagre do espírito, sentir um pouco na própria carne as dores, mutilações e misérias desses milhões de injustiçados. Os Nazis não pareciam apenas interessados na liquidação física de seus "inimigos". Compraziam-se em aviltá-los, reduzi-los a bichos, vermes, amebas. Quando me lembro que em Belsen os prisioneiros morriam de fome e muitos deles desesperados entregavam-se à antropofagia, comendo pedaços dos cadáveres de seus companheiros. Sem falar que centenas de outros de desinteria e não tendo forças para irem até a latrina, defecavam onde estavam e acabavam morrendo de insaniçao em cima do próprio excremento. (...)Milhares deles foram dizimados pelo tifo. Para os burocratas do ‘Partido’ encarregados da ‘solução definitiva’, deve ter sido mais fácil condenar à morte algarismos do que seres humanos. (...) Temo que agora passada a guerra e o tempo, o mundo esqueça os crimes nazistas. Esta idéia me preocupa, dando me um antecipado sentimento de culpa!! Mas Eu... eu não esquecerei!!»

Marisa disse...

Foi exactamente no campo de Bergen Belsen que Anne Frank, uma das personagens mais mediáticas de toda a historia alemã morreu. Ela e a sua irmã Margot.

Passo a citar o Epílogo do seu Diário

" No dia 4 de Agosto a " Grune Polizei " assaltou o anexo, prendeu todos os seus habitantes e também o Sr. Kraler e o Sr. Koophuis, levando os primeiros para um campo de concentração na Alemanha e os segundos para outro na Holanda.
A Gestapo pilhou o anexo. Mais tarde, a Miep e a Elli encontraram, entre velhos livros, revistas e jornais a que os agentes nao ligaram importância, o Diário da Anne.
Com excepcção de algumas passagens apenas que não teriam interesse para o leitor, o texto original é publicado na íntegra.
Dos oito " mergulhados " só o pai sobreviveu. O Sr. Kraler e o Sr. Koophuis resistiram às privações nos campos holandeses e voltaram para junto das suas famílias.
Anne morreu em Março de 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, dois meses antes da libertação da Holanda. "

As personagens mencionadas no epílogo eram habitantes do anexo e " ajudantes " que transportavam mantimentos de sobrevivência assim como eram essas " ajudantes " que os mantiam em contacto com o Mundo exterior ao qual estavam privados.

Marisa Maganinho
11ºD

Marisa disse...

A História do Nazismo ...

Em 1933 a vida dos Judeus era normal e estável, ou seja, iam à escola, brincavam, iam ao teatro, cinema, tinham os seus negócios e tudo o que um cidadão alemão fazia.
No mesmo ano, em 30 de Janeiro, Hitler chega ao poder como Chanceler da Alemanha. Ressentido pela humilhação do Tratado de Versalhes, pois a Alemanha foi obrigada a pagar elevadas indemnizações, a perder as colónias, não podia possuir exército e nem qualquer tipo de fortificações e, como qualquer outro país, estava em dificuldades depois da Depressão, Hitler prometeu "rasgar" o Tratado e acreditava na superioridade da raça Ariana .
Com a subida de Hitler ao poder estava instalada na Alemanha uma ditadura absoluta, que era alimentada por uma ideologia nazi racista (só existe uma raça superior - a raça ariana . As outras raças eram um factor de perturbação na sociedade e haveria que destrui-las ou então teriam de servir a raça superior), com isto começa uma perseguição aos Judeus .
As SS haviam sido criadas como guarda pessoal de Hitler e seriam a vanguarda do movimento nazi para confirmar o povo alemão como raça superior. O chefe das SS (Himmler) pediu aos alemães que seguissem as teorias genéticas nazis e melhorassem a raça. O Estado concedia empréstimos para encorajar os casais a terem mais filhos e as mães com muitos filhos recebiam medalhas.
Os judeus começam por ser obrigados a registarem-se e a usar uma ligadura com uma estrela de David amarela no braço, para não se confundirem com a raça Alemã e para mais facilmente serem identificados.
Pelas ruas Alemãs vêem-se as primeiras frases contra os judeus como: "Nicht für Juden", (interdito a judeus ) ou "porcos Judeus". Estes vêem a sua vida a entrar num beco sem saída, pois são constantemente perseguidos, humilhados e mal tratados na rua. Por exemplo, os alemães iam buscar raparigas judias a casa e obrigavam-nas a esfregar as ruas, escolhiam homens ao acaso e espancavam-nos à frente de todos os Alemães, que se limitavam a assistir.
Os judeus que tinham possibilidades tomavam as devidas precauções para conseguir sair do país. Quanto aos outros teriam que se sujeitar ao domínio de Hitler.
Em 1933/35 são publicadas as leis raciais e são retiradas as lojas e negócios aos judeus, os médicos são proibidos de exercer a sua profissão, nenhum judeu pode ter um cargo político e é lhes retirado o direito de cidadão, ou seja, não são considerados cidadãos alemães.
Em 1938 dá-se a "Kristallnacht", (Noite de Cristal), mais de 200 sinagogas são destruídas, 7500 lojas fechadas, 30 000 judeus do sexo do masculino enviados para campos de concentração. Neste mesmo ano, foram construídos os primeiros ghettos na Alemanha, onde isolavam os judeus do mundo exterior (separados por um muro). Cerca de 600 000 judeus morreram em ghettos com fome e doenças .
Hitler decide então começar a eliminar em maior número os judeus. Para isso os Einsatzgruppen capturavam e levavam os judeus para valas, onde eram obrigados a despirem-se, para em seguida serem mortos a sangue frio. Nestes momentos a dor, o choro, os gritos e os tiros misturavam-se no ar . É então que em 1941 se encontra a "Solução Final"
Os Judeus eram capturados e levados em comboios para os campos de concentração. O que ficou mais conhecido foi o de Auschwitz. Mas muitos deles não conseguiam chegar com vida, pois morriam com doenças e fome, porque a viagem era muito longa e as condições higiénicas não eram as melhores, visto que viajavam em vagões para o gado, apinhados e só havia um balde para as necessidades. Não havia água nem alimentos. Com isto muitos judeus morriam ou adoeciam. Quanto aos outros (aqueles que aguentavam a viagem) não sabiam para onde iam nem o que os esperava embora lhes tivesse sido dito quando embarcaram nos comboios que iam emigrar para trabalhar no Leste da Europa.
Chegados aos campos eram separados por filas de mulheres, outras de homens e de crianças. Aqueles que estavam em condições físicas iriam trabalhar, (pensando que iriam sobreviver), os outros seriam imediatamente mortos. Os judeus eram levados para as câmaras de gás, onde se despiam e em seguida eram mortos com gás. Depois os corpos eram queimados em crematórios ou então faziam-se algumas atrocidades, como : utilização da pele para candeeiros ou experiências médicas com as crianças.

Anónimo disse...

Albert speer,testemunho,e um dos confidentes mais próximos de hitler e ministro de armamentos de terceiro Reich,foi condenado a 20 anos de prisão no julgamento de Nuremberg pelos maiores crimes de guerra alemães,numa declaração jurada e assinada em Munique no Dia 15 de Junhoi de 1977.


"O ódio aos judeus era o motor ponto central de Hitler talvez até o mesmo elemento que o motivou. O povo alemão, a grandeza alemã, o Império, todos eles não significavam nada para ele em última análise. Por esta razão, ele desejava na sentença final de seu testamento, fixar para nós alemães, até depois da queda apocalíptica um miserável ódio aos judeus.

Eu estava presente na sessão do Reichstag(Parlamento Alemão)de 30 de Janeiro de 1939, quando Hitler nos assegurou que em caso de guerra, não os alemães, mas os judeus seriam aniquilados. Esta sentença foi pronunciada com tal certeza com a qual não eu não senti permissão de questionar sua itenção de levar isso adiante. Ele repetiu este aviso de suas intenções em 30 de Janeiro de 1942, num discurso que também conheço: A guerra não terminará, como os judeus imaginariam, pela extinção dos povos arianos europeus, e sim que isso resultaria na aniquilação dos judeus. Esta repetição de suas palavras de 30 de Janeiro de 1939 não era a única. Ele recordaria com freqüencia em sua jornada desta sua sentença.

Quando o discurso das vítimas dos bombardeios, particularmente depois dos ataques massivos a Hamburgo no Verão de 1943, ele reiterou diversas vezes que se vingaria dessas vítimas sobre os judeus; apenas como se o terror-aéreo contra a população civil simplesmente o satisfizesse daquilo no qual tratou como uma motivação substituta tardia para um crime decidido bem antes e emancipado sob diferentes camadas de sua personalidade. Apenas como se ele procurasse justificar seus próprios assassinatos em massa com essas observações.

Sempre e quando Hitler tinha surtos de ódio, havia ainda esperança para uma mudança para direções moderados. No entanto, era a firmeza e a frieza que faziam que seus rompantes contra os judeus que então convencessem. Em outras áreas quando ele anunciava decisões terríveis com uma voz fria e calma, aqueles ao redor dele, e eu mesmo sabíamos que as coisas haviam se tornado sérias agora(irreversíveis). E com apenas esta superiodade fria ele declarava também, quando almoçávamos ocasionalmente juntos, que ele havia acertado a destruição dos judeus da Europa.



Leopoldina Sá 11ºE

Anónimo disse...

Albert speer,testemunho,e um dos confidentes mais próximos de hitler e ministro de armamentos de terceiro Reich,foi condenado a 20 anos de prisão no julgamento de Nuremberg pelos maiores crimes de guerra alemães,numa declaração jurada e assinada em Munique no Dia 15 de Junhoi de 1977.


"O ódio aos judeus era o motor ponto central de Hitler talvez até o mesmo elemento que o motivou. O povo alemão, a grandeza alemã, o Império, todos eles não significavam nada para ele em última análise. Por esta razão, ele desejava na sentença final de seu testamento, fixar para nós alemães, até depois da queda apocalíptica um miserável ódio aos judeus.

Eu estava presente na sessão do Reichstag(Parlamento Alemão)de 30 de Janeiro de 1939, quando Hitler nos assegurou que em caso de guerra, não os alemães, mas os judeus seriam aniquilados. Esta sentença foi pronunciada com tal certeza com a qual não eu não senti permissão de questionar sua itenção de levar isso adiante. Ele repetiu este aviso de suas intenções em 30 de Janeiro de 1942, num discurso que também conheço: A guerra não terminará, como os judeus imaginariam, pela extinção dos povos arianos europeus, e sim que isso resultaria na aniquilação dos judeus. Esta repetição de suas palavras de 30 de Janeiro de 1939 não era a única. Ele recordaria com freqüencia em sua jornada desta sua sentença.

Quando o discurso das vítimas dos bombardeios, particularmente depois dos ataques massivos a Hamburgo no Verão de 1943, ele reiterou diversas vezes que se vingaria dessas vítimas sobre os judeus; apenas como se o terror-aéreo contra a população civil simplesmente o satisfizesse daquilo no qual tratou como uma motivação substituta tardia para um crime decidido bem antes e emancipado sob diferentes camadas de sua personalidade. Apenas como se ele procurasse justificar seus próprios assassinatos em massa com essas observações.

Sempre e quando Hitler tinha surtos de ódio, havia ainda esperança para uma mudança para direções moderados. No entanto, era a firmeza e a frieza que faziam que seus rompantes contra os judeus que então convencessem. Em outras áreas quando ele anunciava decisões terríveis com uma voz fria e calma, aqueles ao redor dele, e eu mesmo sabíamos que as coisas haviam se tornado sérias agora(irreversíveis). E com apenas esta superiodade fria ele declarava também, quando almoçávamos ocasionalmente juntos, que ele havia acertado a destruição dos judeus da Europa.



Leopoldina Sá 11ºE

daniela* disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

O Holocausto Nazi consistiu em pôr em prática um plano de genocídio da poppulação judaica.
Os Judeus levavam uma vida perfeitamente normal,iam e escola,ao teatro,ao ao cimema tal como todas as outras pessoas.
Porém depois da 1ºguerra mundial,Alemanha saiu muito prejudicada,devido ao tratado de versalhes em que ficou decidido o seguinte:
-eram proíbidos de construir fortificações ao longo de uma linha situada até 50km do rio Reno;era-lhes igualmente proíbido possuir ou mobilizar forças armadas,renunciou todos os direitos sobre as colónias;compremeteu-se a pagar uma indeminização por todos os danos causados a população civil dos países aliados, e os territórios alemães situados a oeste do Reno foram ocupados pelas tropas aliadas num período de 15 anos.
Todas estas condições impostas pelo tratado de versalhes,fizeram com que os alemães se sentissem muito humilhados,face aos outros povos,e a situação ainda veio a piorar com a crise económica de 1929.
Todos estes problemas ajudaram na implantação do Nazismo(extrema ditadura),em que Adolf Hitler assumiu o cargo de Chanceler e Presidente da República da Alemnha em 1933.
A doutrina Nazi fundava-se no racismo.Para os nazis,existiam "raças superiores"(os arianos),cujos representantes mais puros eram alemães que deveriam dominar o mundo.E existiam as"raças inferiores",a que era considerada a mais perigosa a "raça judaica".Esse violento anti-semitismo,levou a tentativa de extermínio do povo judaico.Esse povo foi violentamente perseguido,muitos tiveram de emigrar,e outros foram deportados e inúmeros foram vítimas de um autêntico genocídio,que eliminou milhões de Judeus nos campos de concentração.
o Hitler não suportava os Judeus e sentia-se no direito de dispor de um espaço vital e de acabar com raça judaica.


Leopoldina Sá 11ºE

Anónimo disse...

iimO Holocausto Nazi consistiu em pôr em prática um plano de genocídio da poppulação judaica.
Os Judeus levavam uma vida perfeitamente normal,iam e escola,ao teatro,ao ao cimema tal como todas as outras pessoas.
Porém depois da 1ºguerra mundial,Alemanha saiu muito prejudicada,devido ao tratado de versalhes em que ficou decidido o seguinte:
-eram proíbidos de construir fortificações ao longo de uma linha situada até 50km do rio Reno;era-lhes igualmente proíbido possuir ou mobilizar forças armadas,renunciou todos os direitos sobre as colónias;compremeteu-se a pagar uma indeminização por todos os danos causados a população civil dos países aliados, e os territórios alemães situados a oeste do Reno foram ocupados pelas tropas aliadas num período de 15 anos.
Todas estas condições impostas pelo tratado de versalhes,fizeram com que os alemães se sentissem muito humilhados,face aos outros povos,e a situação ainda veio a piorar com a crise económica de 1929.
Todos estes problemas ajudaram na implantação do Nazismo(extrema ditadura),em que Adolf Hitler assumiu o cargo de Chanceler e Presidente da República da Alemnha em 1933.
A doutrina Nazi fundava-se no racismo.Para os nazis,existiam "raças superiores"(os arianos),cujos representantes mais puros eram alemães que deveriam dominar o mundo.E existiam as"raças inferiores",a que era considerada a mais perigosa a "raça judaica".Esse violento anti-semitismo,levou a tentativa de extermínio do povo judaico.Esse povo foi violentamente perseguido,muitos tiveram de emigrar,e outros foram deportados e inúmeros foram vítimas de um autêntico genocídio,que eliminou milhões de Judeus nos campos de concentração.
o Hitler não suportava os Judeus e sentia-se no direito de dispor de um espaço vital e de acabar com raça judaica.


Leopoldina Sá 11ºE

Tiago Loureiro disse...

Bergen-Belsen - Um campo de convalescença nazi para judeus demasiado doentes para trabalhar.
As condições neste campo eram boas atendendo aos padrões dos campos de concentração e a maioria dos prisioneiros não era sujeita a trabalhos forçados. Porém, no começo da primavera de 1944 a situação deteriorou-se rapidamente. Em Março, Belsen foi renomeado um Ehrholungslager [Campo de Convalescença], para onde os prisioneiros de outros campos de concentração, demasiado doentes para trabalhar, eram trazidos, embora nenhum recebesse tratamento médico.
À medida que o Exército alemão retirava em face do avanço Aliado, os campos de concentração foram evacuados e os prisioneiros enviados para Belsen. As instalações do campo não podiam acomodar a súbita afluência de milhares de prisioneiros e os serviços,comida, água e sanitários ficaram escasos, levando à eclosão de doenças. Anne Frank e a irmã, Margot, morreram de tifo em Março de 1945, assim como outros prisioneiros numa epidemia de tifo.Auschwitz foi o maior e mais terrível campo de extermínio do regime de Hitler. Nas suas câmaras de gás e crematórios, foram mortas pelo menos um milhão de pessoas. No auge do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia. Auschwitz tornou-se sinónimo do genocídio contra os judeus, ciganos e outros tantos grupos perseguidos pelos nazis.
À chegada ao campo de concentração, um médico e um comandante perguntavam a idade e o estado de saúde dos prisioneiros que chegavam, contou Anita Lasker, uma das sobreviventes. Depois disso, as pessoas eram encaminhadas para a esquerda ou para a direita, ou seja, para o campo ou directamente para o crematório. Quem alegasse qualquer problema estava, na realidade,assinando a sua sentença de morte.
Em conclusão, enquanto o campo de concentração de Auschwitz se afadigava no extermínio do maior número possível de judeus, o campo de concentração de Bergen-Belsen recebia prisioneiros demasiado doentes para trabalhar, de forma a poderem restabelecer a saúde.

De facto...algo bizarro, não?

Tiago Loureiro 11ºD

Anónimo disse...

Desde a chegada do partido nazi ao poder, em 1933, criaram-se campos no território alemão, destinados ao internamento de todos os alemães considerados perigosos para o regime: opositores políticos (comunistas, sociais-democratas), bem como judeus e prisioneiros de direito comum. Para além do internamento de adversários, estas concentrações em massa tiveram sobretudo como objectivo o fornecimento à economia alemã de uma mão-de-obra explorável à disposição até ao esgotamento. Ainda se veio juntar a isto a eliminação sistemática de grupos humanos, qualificados como “raças inferiores”: Judeus, Eslavos, Ciganos… No ano de 1941 criaram-se os campos de extermínio, exclusivamente destinados à eliminação física e maciça destas populações.

Para os cientistas de Hitler, campos de concentração eram fábricas de cobaias humanas:

Auschwitz-Birkenau - Polónia (Abril de 1940 a Janeiro de 1945)
Número de mortos: 1,1 milhão a 1,5 milhões.
Experiências: Pesquisas com gémeos e anões; infecção com bactérias e vírus; electrochoque; esterilização; remoção de partes de órgãos; ingestão de veneno; criação de feridas para testar novos medicamentos; operações e amputações desnecessárias.

Buchenwald - Alemanha (Julho de 1937 a Abril de 1945)
Número de mortos: 56 mil.
Experiências: Operações e amputações desnecessárias; contaminação com febre-amarela, cólera e tuberculose; ingestão de comida envenenada; queimaduras com bombas incendiárias.

Ravensbrück - Alemanha (Maio de 1939 a Abril de 1945)
Número de mortos: No mínimo, cerca de 90 mil.
Experiências: Pesquisas fisiológicas com remoção e transplante de nervos, músculos e ossos; esterilização; fuzilamento com balas envenenadas.

Dachau - Alemanha (Março de 1933 a Abril de 1945)
Número de mortos: No mínimo, cerca de 30 mil.
Experiências: Testes de hipotermia com exposição ao frio; câmaras de baixa pressão; infecção com vírus da malária; privação de líquidos com ingestão de água salgada.

Sachsenhausen - Alemanha (Julho de 1936 a Abril de 1945)
Número de mortos: 100 mil.
Experiências: Inalação e ingestão de gás mostarda; infecção forçada pelo vírus da hepatite; fuzilamento com munição envenenada.

Natzweiller-Struthof - França (Maio de 1941 a Setembro de 1944)
Número de mortos: 25 mil.
Experiências: Utilização de prisioneiros como "viveiros" de bactérias e vírus como os do tifo, varíola, febre-amarela, cólera e difteria.


nº 7 11ºE

Anónimo disse...

Bergen-Belsen foi um campo de concentração alemão da época de Adolf Hitler. Localizava-se no actual estado alemão da Baixa Saxónia, no distrito urbano de Celle.

Entrou em funcionamento em 1940 como campo para prisioneiros de guerra. Depois de 1941, cerca de 20.000 soldados Soviéticos foram torturados e mortos no campo. Em 1942, Bergen-Belsen tornou-se num campo de concentração.
Neste campo não havia câmaras de gás, ao contrário do que muitos pensam, pois os assassínios em massa tinham lugar nos Campos de Extermínio (Vernichtungslager) no Leste Europeu. No entanto, milhares de Judeus, homossexuais e Ciganos foram aí torturados ou morreram de fome, uma vez que os alemães não tinham como alimentá-los no final da guerra. Em 1945 os prisioneiros de outros campos foram levados para as linhas da frente, dado os Soviéticos terem avançado.
Houve muitas mortes neste campo devido a condiçoes de sobrelotamento, doença e malnutrição. Para os corpos foram cavadas grandes valas. Em 15 de Abril de 1945, quando as tropas britânicas libertaram o campo, foram encontrados milheres de corpos por enterrar.
Grande parte de Bergen-Belsen foi deitada a baixo após a libertação, com receio de tifo e dos piolhos.
Cerca de setenta mil pessoas morreram em Bergen-Belsen. Entre elas conta-se Anne Frank e a sua irmã Margot Frank, que morreram ali em Março de 1945.

Actualmente, o campo está aberto ao público, e contém um centro de visitantes e uma "Casa do Silêncio" para reflexão em sossego.

Daniela Nº11 11ºD

Anónimo disse...

A Bergen-Belsen Memorial está situado a sessenta quilómetros nordeste de Hannover, na Lüneburg Heath. Localizado sobre os fundamentos da antiga POW (prisioneiro de guerra) e campos de concentração, marcada sepulturas e monumentos segurar lembretes do sofrimento e da morte de seus prisioneiros. Um centro de documentação ilustra a história do campo e suas vítimas.

Ana Fonseca. 11ºD

Anónimo disse...

Com efeito, no site do General Eisenhower Memorial Commission, é descrita a visita do General ao campo de concentração de Buchenwald imediatamente após a libertação:

«O General Eisenhower compreendeu que muita gente seria incapaz de compreender a verdadeira extensão deste horror. Compreendeu também que quaisquer acções humanas que fossem tão absolutamente diabólicas poderiam no futuro vir a ser contestadas ou até negadas como sendo literalmente inacreditáveis. Por estas razões Eisenhower ordenou que todos os meios de comunicação civis e todas as unidades de filmagem militares fossem requisitadas para visitarem os campos e recolhessem as suas observações em texto, fotografias e filme. Como Eisenhower explicou ao General Marshall, "Efectuei esta visita propositadamente, de forma a poder dar um testemunho em primeira-mão destas coisas, no caso de alguma vez, no futuro, surgir uma tendência para chamar propaganda a estas alegações."»

«A previsão de Eisenhower revelou-se correcta. Quando alguns grupos, mesmo hoje, tentam negar que o Holocausto alguma vez tenha existido, têm de se confrontar com a enorme quantidade de registos oficiais, incluindo tanto os testemunhos escritos como as milhares de fotografias que Eisenhower ordenou que fossem recolhidos quando observou o que os nazis tinham feito.»

Ana Fonseca. 11ºD

Anónimo disse...

HOLOCAUSTRO/SHOAH



"Cresci assistindo o Holocausto, isso faz parte de mim desde minha tenra idade, sou descendentes direta de alemães, meus descendentes vieram refugiar-se no Brasil, fugidos de führer e sua alquimia totalitária de horrores, ah... como queria ter participado daquele momento, eu seria um Perlaska!! Se leio, releio e rumino quase obsessivamente essas histórias de atrocidades, é pela simples e perturbadora razão de que elas não apenas me horrorizam, mas me ferem tão visceralmente. Parece-me que não basta sentir um repúdio intelectual por essas brutalidades. É preciso, por um milagre do espírito, sentir um pouco na própria carne as dores, mutilações e misérias desses milhões de injustiçados. Os Nazis não pareciam apenas interessados na liquidação física de seus "inimigos". Compraziam-se em aviltá-los, reduzi-los a bichos, vermes, amebas. Quando lembro que em Belsen os prisioneiros morriam de fome e muitos deles desesperados entregavam-se à antropofagia, comendo pedaços dos cadáveres de seus companheiros. Sem falar que centenas de outros de desinteria e não tendo forças para irem até a latrina, defecavam onde estavam e acabavam morrendo de insaniçao em cima do próprio excremento. Literalmente uma barbárie! Milhares deles foram dizimados pelo tifo. Para os burocratas do ‘Partido’ encarregados da ‘solução definitiva’, deve ter sido mais fácil condenar à morte algarismos do que seres humanos. Com certeza depois, em relativa ‘paz’ de espírito, ouviam o seu Wagner e liam o seu Goethe. Temo que agora passada a guerra e o tempo, o mundo esqueça os crimes nazistas. Esta idéia me preocupa, dando me um antecipado sentimento de culpa! Mas Eu... Eu não esquecerei!!"




* Aqui apresento um testo escrito por um testemunho(Kuki Sommer,Brasileira descendente de alemães)do Holocaustro/Shoah.



Diana Neves

Anónimo disse...

BERGEN-BELSEN...

...por vezes referido apenas como Belsen, foi um campo de concentração alemão da época de Adolf Hitler. Localizava-se no actual estado alemão da Baixa Saxónia, no distrito urbano de Celle.
Entrou em funcionamento em 1940 como campo para prisioneiros de guerra. Depois de 1941, cerca de 20.000 soldados soviéticos foram torturados e mortos no campo. Mais tarde, em 1942, Bergen-Belsen tornou-se um campo de concentração; as SS tomaram o comando em Abril de 1943.Não havia câmaras de gás em Bergen-Belsen, uma vez que os assassínios em massa deveriam ter lugar nos Campos de Extermínio (Vernichtungslager) no Leste Europeu, no entanto, milhares de judeus, homossexuais e ciganos foram aí torturados ou morreram de fome.
Em 1945, os prisioneiros de outros campos foram levados para as linhas da frente, uma vez que os Soviéticos avançavam. Em condições de sobrelotamento, de doença e desnutrição, houve muitas mortes. Foram cavadas grandes valas.
Quando as tropas britânicas libertaram o campo em 15 de Abril de 1945, encontraram milhares de cadáveres por enterrar. Grande parte de Bergen-Belsen foi destruída após a libertação, com receio de tifo e dos piolhos. Cerca de 70.000 pessoas morreram em Bergen-Belsen.
Entre elas conta-se Anne Frank e a sua irmã Margot Frank, que morreram ali em Março de 1945. Hoje, o campo está aberto ao público, e contém um centro de visitantes e uma "Casa do Silêncio" para reflexão em silêncio.
Foi construído um grande obelisco.


Diana Neves

Anónimo disse...

Campo de deportação de Drancy


O campo de deportação de Drancy
foi um infame campo de concentração temporário na cidade de Drancy, poucos quilómetros a norte de Paris, França. Foi usado durante a ocupação da França pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. Originariamente tinha sido planeado como um projecto imobiliário público mas foi convertido para um centro de detenção para Judeus e também homossexuais e outros tidos como "indesejados", que eram aqui encarcerados por ordens dos Nazis, e aqui esperavam pelos transportes (ferroviários) que os levariam a Auschwitz e outros campos de extermínio e de concentração alemães.

O campo de Drancy era um complexo de vários andares, construído para 700 pessoas, mas que no seu auge contou com mais de 7.000 prisioneiros. As condições eram brutais. As crianças eram separadas dos pais. Muitos intelectuais e artistas franceses estiveram presos em Drancy.

Das 120.000 pessoas que passaram por Drancy, aproximadamente 65.000 eram Judeus. Destes, 63.000 foram assassinados, incluindo 6.000 crianças. Apenas 2.000 estavam vivos quando as forças aliadas libertaram o campo em 17 de Agosto de 1944.



Andreia Barbosa 11ºD

Anónimo disse...

O HOLOCAUSTO NAZI

O Holocausto Nazi consistiu em por em prática um plano de genocídio da população Judaica. Em 1933 a vida dos Judeus era normal e estável, ou seja, iam à escola, brincavam, iam ao teatro, cinema, tinham os seus negócios e tudo que um cidadão alemão fazia. No mesmo ano, em 30 de Janeiro, Hitler chega ao poder como Chanceler da Alemanha. Ressentido pela humilhação do Tratado de Versalhes, pois a Alemanha foi obrigada a pagar elevadas indemnizações, a perder as colónias, não podia possuir exército e nem qualquer tipo de fortificações e, como qualquer outro país, estava em dificuldades depois da Depressão, Hitler prometeu "rasgar" o Tratado e acreditava na superioridade da raça Ariana.
Com a subida de Hitler ao poder estava instalada na Alemanha uma ditadura absoluta, que era alimentada por uma ideologia nazi racista (só existe uma raça superior - a raça ariana. As outras raças eram um factor de perturbação na sociedade e haveria que destrui-las ou então teriam de servir a raça superior), com isto começa uma perseguição aos Judeus. As SS haviam sido criadas como guarda pessoal de Hitler e seriam a vanguarda do movimento nazi para confirmar o povo alemão como raça superior. O chefe das SS (Himmler) pediu aos alemães que seguissem as teorias genéticas nazis e melhorassem a raça. O Estado concedia empréstimos para encorajar os casais a terem mais filhos e as mães com muitos filhos recebiam medalhas. Os judeus começam por ser obrigados a registarem-se e a usar uma ligadura com uma estrela de David amarela no braço, para não se confundirem com a raça Alemã e para mais facilmente serem identificados. Pelas ruas Alemãs vêem-se as primeiras frases contra os judeus como: "Nicht für Juden", (interdito a judeus) ou "porcos Judeus". Estes vêem a sua vida a entrar num beco sem saída, pois são constantemente perseguidos, humilhados e mal tratados na rua. Por exemplo, os alemães iam buscar raparigas judias a casa e obrigavam-nas a esfregar as ruas, escolhiam homens ao acaso e espancavam-nos à frente de todos os Alemães, que se limitavam a assistir. Os judeus que tinham possibilidades tomavam as devidas precauções para conseguir sair do país. Quanto aos outros teriam que se sujeitar ao domínio de Hitler.

Em 1933/35 são publicadas as leis raciais e são retiradas as lojas e negócios aos judeus, os médicos são proibidos de exercer a sua profissão, nenhum judeu pode ter um cargo político e é lhes retirado o direito de cidadão, ou seja, não são considerados cidadãos alemães.

Em 1938 dá-se a "Kristallnacht", (Noite de Cristal), mais de 200 sinagogas são destruídas, 7500 lojas fechadas, 30 000 judeus do sexo do masculino enviados para campos de concentração. Neste mesmo ano, foram construídos os primeiros guetos na Alemanha, onde isolavam os judeus do mundo exterior (separados por um muro). Cerca de 600 000 judeus morreram em guetos com fome e doenças.
Hitler decide então começar a eliminar em maior número os judeus. Para isso os Einsatzgruppen capturavam e levavam os judeus para valas, onde eram obrigados a despirem-se, para em seguida serem mortos a sangue frio. Nestes momentos a dor, o choro, os gritos e os tiros misturavam-se no ar. É então que em 1941 se encontra a "Solução Final"

Os Judeus eram capturados e levados em comboios para os campos de concentração. O que ficou mais conhecido foi o de Auschwitz. Mas muitos deles não conseguiam chegar com vida, pois morriam com doenças e fome, porque a viagem era muito longa e as condições higiénicas não eram as melhores, visto que viajavam em vagões para o gado, apinhados e só havia um balde para as necessidades. Não havia água nem alimentos. Com isto muitos judeus morriam ou adoeciam. Quanto aos outros (aqueles que aguentavam a viagem) não sabiam para onde iam nem o que os esperava embora lhes tivesse sido dito quando embarcaram nos comboios que iam emigrar para trabalhar no Leste da Europa.
Chegados aos campos eram separados por filas de mulheres, outras de homens e de crianças. Aqueles que estavam em condições físicas iriam trabalhar, (pensando que iriam sobreviver), os outros seriam imediatamente mortos. Os judeus eram levados para as câmaras de gás, onde se despiam e em seguida eram mortos com gás. Depois os corpos eram queimados em crematórios ou então faziam-se algumas atrocidades, como: utilização da pele para candeeiros ou experiências médicas com as crianças.


Miguel Andrade 11ºD º20

Fábio Portugal disse...

Bergen-Belsen , foi um campo de concentração alemão da época de Adolf Hitler. Localizava-se no actual estado alemão da Baixa Saxónia, no distrito urbano de Celle.
Começou a funcionar em 1940 como campo para prisioneiros de guerra. Depois de 1941, cerca de 20.000 soldados Soviéticos foram torturados e mortos no campo. Mais tarde, em 1942, Bergen-Belsen tornou-se um campo de concentração.
Ao contrário do que muitos pensam, neste campo não havia câmaras de gás, uma vez que os assassínios em massa deveriam ter lugar nos Campos de Extermínio no Leste Europeu.... No entanto, milhares de Judeus, homossexuais e Ciganos foram aqui torturados e morreram de fome, já que os alemães não tinham como alimentá-los no final da guerra, mas, mesmo assim, em 1945 os prisioneiros de outros campos foram levados para as linhas da frente, uma vez que os Soviéticos avançavam. Em condições de sobrelotamento, de doença e malnutrição, houve muitas mortes. Foram cavadas grandes valas. Quando as tropas britânicas libertaram o campo em 15 de Abril de 1945, estes encontraram milhares de cadáveres por enterrar.
Cerca de setenta mil pessoas morreram em Bergen-Belsen. Entre elas conta-se Anne Frank e a sua irmã Margot Frank, que morreram ali em Março de 1945.
Hoje, o campo está aberto ao público, e contém um centro de visitantes e uma "Casa do Silêncio" para reflexão em sossego
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João Costa n.14 11.E