segunda-feira, 31 de março de 2008

Cinquentenário da morte de Joaquim De Carvalho



Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz, 1892 – Coimbra, 1958)

Joaquim de Carvalho representa na cultura portuguesa contemporânea uma das primeiras figuras do século XX a optar pela especialização universitária enquanto modo de intervenção no espaço público. Apesar de a maior parte do seu trabalho, e da sua vida, ter decorrido na primeira metade do século, a sua Obra é bem representativa de uma transição crucial ocorrida em meados do século, sobretudo entre meados dos anos 1940 e meados da década de 1960, a especialização do discurso crítico que, no seu caso, foi feita pela história da filosofia.
Formado na Universidade de Coimbra, primeiro em Direito (1914), depois em Filosofia (1915), começou a sua carreira universitária como assistente em Filosofia (1916) e doutorou-se em Filosofia na Faculdade de Letras de Coimbra em 1917, com uma dissertação sobre António de Gouveia. Rapidamente se destacou e sem surpresa sabemos da sua oposição pública ao projecto de Leonardo Coimbra, então ministro da Educação (estava-se em 1919) de mudar a Faculdade de letras da Universidade de Coimbra para a Universidade do Porto, com o pretexto de assim desenclausurar um saber superior a bem da então jovem República. Joaquim de Carvalho, liberal e maçónico, foi um de muitos a contrariar esta ideia e, como sempre fez na sua vida, opôs-se a interferências religiosas e políticas na vida académica. Nesse mesmo ano, aliás, contribuiu para o projecto da Universidade Livre de Coimbra, instituição de um novo tipo que à altura se procurava implantar por todo o país com o fito de difundir saber sem cauções políticas e religiosas. Mas a sua fidelidade esteve sempre com a Universidade de Coimbra, onde foi catedrático de História da Filosofia desde 1919 até à sua morte, e na qual Joaquim de Carvalho deixou um legado ainda hoje inigualado.
Pouco depois tem início o período de maior actividade de Joaquim de Carvalho na Imprensa, quer a nível editorial quer como colaborador de revistas influentes. Entre estas, destaque para a Seara Nova, com a qual colaborou embora não seja possível qualificá-lo como ‘seareiro’, tendo sido particularmente activo na década entre 1926 e 1936. Esta actividade pública trouxe-lhe vários dissabores, quer com os mais novos (por exemplo numa polémica no final da década de 1920 com José Régio, a respeito do carácter da revista presença, que Joaquim de Carvalho descreveu como sendo destrutivo) quer com o regime instalado em 1926. Com efeito, na sua concepção de democracia, esta era inseparável de liberalismo (o que lhe foi contestado por alguns autores relevantes, como Domingos Monteiro) e a sua defesa destes ideais, bem como a sua ligação à Maçonaria, não deixaram de ser penalizados pelo Estado Novo.
Como já referimos, a sua actividade pública teve também como palco de grande notoriedade a administração da Imprensa da Universidade de Coimbra entre 1921 e 1935. Esta actividade só cessou por ordem directa do governo, isto é, de Oliveira Salazar, seu colega de cátedra coimbrã, quando, no mesmo ano em que fez a primeira grande perseguição aos universitários e outros professores não alinhados com o regime, ordenou o encerramento da editora cuja actividade era reconhecida inclusivamente por aqueles que se encontravam nos antípodas políticos de Joaquim de Carvalho (Alfredo Pimenta escreveu-o então). À frente da editora apoiou (encomendando traduções) António Sérgio no exílio deste em Paris, publicou jovens autores como Adolfo Casais Monteiro (Considerações Pessoais, 1933) e exercera sempre a sua actividade com a mesma independência que reclamava para a sua Universidade. Essa purga, que afastou entre muitos outros um dos seus assistentes (Sílvio Lima), marcou um momento de viragem na sua actividade, no sentido de maior isolamento e fechamento no trabalho intelectual. Sem que isso, contudo, o fizesse deixar de se referir a Salazar nos termos mais críticos, que estendia ao apoio que a Igreja dava ao Estado Novo, “ressentido e frustrado” seminarista que nunca deixou de o ser, “chefe do nacional-seminarismo”. Mas o mal estava feito e apesar de, coisa incomum em Portugal, imediatamente se ter feito sentir a solidariedade de todos, o panorama não se alteraria até à sua morte. Registe-se no entanto o volume de homenagem, a si e a Hernâni Cidade e Azevedo Gomes, publicado em 1935, com textos de, entre outros, Rodrigues Lapa, Flausino Torres e Vitorino Nemésio (v. referências). Depois disso, mesmo dinamizando publicações universitárias de Filosofia, Joaquim de Carvalho não voltou a ter a preponderância pública que tivera até finais da década de 1930.
Da sua vasta Obra destaque para os estudos sobre figuras da cultura portuguesa, com grande destaque para a literatura. Apesar de não ser essa a sua área de formação, o neokantismo que o animara na juventude marcou-o com um interesse permanente pelos métodos de pesquisa e hermenêutica raro em Portugal, reconhecendo sempre a especificidade da estética mesmo quando a enquadrava e contextualizava (faceta constante dos seus textos, sempre muito pedagógicos). Apesar de algumas dessas abordagens se encontrarem hoje integradas no sistema de ensino (a sua análise fenomenológica da saudade foi integrada nas leituras dos estudantes de Filosofia do ensino secundário), a sua originalidade mantém-se, pois apesar de algo datados, o trabalho posto nos seus textos salva-os do esquecimento. Para melhor se compreender a extensão do seu labor, fica o registo temático dos nove volumes da sua Obra Completa: volumes I e II, Filosofia e História da Filosofia; volumes III e IV, História da Cultura; V, História e Crítica Literárias e História da Ciência; VI, História das Instituições e pensamento politico; VII, Escritos sobre a Universidade de Coimbra; VIII, Ensaio e Fragmentos filosóficos e bibliográficos; IX, índices. Para abarcar toda esta diversidade, consulte-se o estudo introdutório do organizador, J. V. Pina Martins.
Referências bibliográficas:
Pina Martins, J. V., org., Obra Completa de Joaquim de Carvalho, 9 vols, FCG, Lisboa, 1978-1997.
VVAA, Homenagem aos professores Azevedo Gomes, Hernâni Cidade e Joaquim de Carvalho, ed. alunos da Univ. Coimbra, Fac. Letras Lisboa, Instituto Superior de Agronomia, Lisboa,
por Carlos Leone
© Instituto Camões, 2007

domingo, 30 de março de 2008

Fernando Savater





Fernando Savater nasceu em San sebastián em 1947. Catedrático de ética na Universidade Complutense de Madrid, é autor de uma vasta obra que abarca o ensaio, a narrativa e o teatro. Entre outros galardões, recebeu o Prémio Francisco Cerecedo da Associação de Jornalistas Europeus e o Prémio Sakharov de Direitos Humanos.Fernando Savater é um dos pensadores mais destacados de Espamha e tem vindo a ganhar grande popularidade no mundo inteiro.

Vejam os videos com Fernando Savater:

http://www.youtube.com/watch?v=c6Cw8c851Jg

O que é a ética? A ética é uma das disciplinas filosóficas, que investiga problemas que surgem do facto de vivermos em sociedade e de as nossas acções terem consequências sobre as outras pessoas ou sobre outros seres. Ela debruça-se sobre valores como a justiça, igualdade, liberdade, patriotismo e alguns conceitos como o direito e o dever, que podem ter influência nas nossas acções. Esta disciplina avalia e pondera o que é uma acção boa ou o que é uma acção má, que possa pôr em causa os direitos e deveres de cada um, tendo nós consciência e responsabilidade pelos nossos actos, reflecte sobre a moral humana. No livro,Ética para um jovem, de Fernando Savater, é focada a igualdade, liberdade e justiça. A igualdade é um outro valor ético muito focado no livro e muito discutido quando alguma coisa invoca os direitos e os deveres dos homens. Quando se fala de igualdade refere-se á igualdade entre os homens de uma sociedade, isto é, distribuição do bem-estar de igual modo a todos os homens e também, o que implica que estes sejam respeitados e se respeitem uns aos outros. Este valor ético é muito importante pois faz parte de um dos ideais dos direitos humanos. Para que este valor seja cumprido é preciso tolerância, cooperação e respeito pelas diferenças. A igualdade, os direitos humanos e todos os valores éticos partem de um conceito: o humanismo. Como já foi dito o homem é um ser livre, mas para que haja igualdade é preciso tratar os outros homens como humanos e não como coisas, devemos tratar os outros como gostamos que nos tratem a nós, deste modo é possível existir uma interacção pacifica entre os homens.




sábado, 15 de março de 2008

A Revolução Soviética



Um poeta na Revolução, Vladimir Maiakovsky

Filho de um guarda-florestal, o poeta Vladimir Maiakovsky nasceu na Geórgia em 1893. Depois da morte do pai, em 1906, a família - ele, a mãe e duas irmãs mais velhas - mudou-se para Moscovo. Lá, estudante, desenvolveu interesse pela literatura marxista e passou a tomar parte em actividades do Partido Social-Democrático Operário Russo, no qual se filiou.Maiakóvsky foi preso três vezes sob a acusação de actividades subversivas. Mas, por ser menor, livrou-se da pena de deportação.
Em 1911, entrou na Escola de Belas Artes, onde, com outros artistas, deu início ao chamado movimento cubo -futurista russo. Em 1914, por causa de suas actividades políticas, Maiakovsky foi expulso da Escola de Belas Artes.Após a Revolução Socialista, em 1917, o grupo futurista aderiu ao novo regime. Maiakovsky dedicou-se à propaganda pela consolidação do novo Estado. Escrevia e desenhava cartazes de campanhas sanitárias, publicidade de produtos etc. Em 1923 fundou a revista LEF, que pretendia reunir "a esquerda das artes". Ou seja, artistas de esquerda que desejavam ser revolucionários também no plano artístico. Mas, ao longo dos anos 1920, a inquietação do poeta começou a incomodar o regime. No seu poema Conversa sobre Poesia com o Fiscal de Rendas, de 1926, desfere uma afiada crítica aos burocratas que pretendiam reduzir a poesia a fórmulas simplistas.


Tudo
o que quero
é um palmo de terra
ao lado
dos mais pobres
camponeses e obreiros.
Porém
se vocês pensam
que se trata apenas
de copiar
palavras a esmo,
eis aqui,
camaradas
minha pena,
podem
escrever
vocês mesmos!
(tradução de Augusto de Campos).
O mesmo tipo de crítica é desenvolvido em outro poema seu, muito conhecido, "Incompreensível para as Massas". Envolvido em desilusões políticas e desapontamentos pessoais, Vladimir Maiakovsky matou-se com um tiro em Abril de 1930.

Primeiro, eles vêm à noite,
com passo furtivo
arrancam uma flor e não dizemos nada.
No dia seguinte, já não tomam precauções
entram no nosso jardim,
pisam nossas flores,matam nosso cão
e não dizemos nada.
Até que um dia o mais débil dentre eles
entra sozinho em nossa casa,
rouba nossa luz,
arranca a voz de nossa garganta
e já não podemos dizer nada.
Maiakovsky
Cartazes de Maiakovsky de propaganda à Revolução Soviética
























Maiakovsky (1893-1930)

Não acabarão com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento
Amo
firme
fiel
e verdadeiramente.
Tradução de E. Carrera Guerra




TRABALHO
Esta foi uma das figuras exemplares que viveu os tempos da Revolução Soviética iniciada em 1917. Os trabalhos que se sugerem são: comentar a acção de Maiakovsky através dos exemplos da sua obra aqui representados; descrever um acontecimento significativo da Revolução Soviética; descrever o Comunismo de Guerra ou a NEP; fazer uma biografia de uma das personalidades que estiveram à frente da revolução. Ficam em aberto as vossas escolhas. O que é necessário é fazer.

sexta-feira, 7 de março de 2008

8 de Março, dia da Mulher

Mulheres que ganharam o Prémio Nobel

Fotos: Marie Curie (Fisica, 1903 e 1911, França); Bertha von Suttner (Paz, 1905, Áustria); Selma Lagerhoff (Literatura, 1909, Suécia); Gerti Cori (Medicina/Fisiologia, 1947, EUA); Maria Goeppert-Mayer (Física, 1963, EUA); Dorothy Crowfoot Hodgkin (Química, 1964, RU); Linda B. Buck (Fisiologia/Medicina, 2004, EUA); Elfriede Jelinek (Literatura, 2004, Áustria); Wangari Muta Maathai (Paz, 2004, Quénia).


segunda-feira, 3 de março de 2008

Século XX, raiz dos filósofos do sec.XXI

Miguel Baptista Pereira
António Pedro Pita
João Maria André
Quem são?

Quem o conheceu e o teve como mestre não tem dúvidas. Miguel Baptista Pereira foi um dos grandes vultos da Filosofia em Portugal. O professor jubilado da FLUC faleceu segunda-feira.Miguel Baptista Pereira, uma das grandes referências do século XX português na área da Filosofia, professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, faleceu segunda-feira com 77 anos. Em câmara ardente na capela da Universidade de Coimbra desde ontem, o seu funeral sairá hoje, às 10H30, para o cemitério de Bagunte, Vila do Conde, de onde era natural.Personalidade marcante para todos os que com ele conviveram, Miguel Baptista Pereira cultivou durante toda a sua vida uma postura de afastamento das "grandes tribunas da fama pelas quais nutria um explícito e assumido desprezo", como fez questão de sublinhar João Maria André, seu discípulo e depois seu par no Instituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.E só por essa razão, como todos reconhecem, o professor de Filosofia que nunca abandonou colegas ou alunos, mesmo em tempo de repressão e sob a ameaça de represálias, não tem hoje direito à mais larga mediatização da sua influência e pensamento.Nascido a 10 de Maio de 1929 em Bagunte, Vila do Conde, Miguel Baptista Pereira fez os seus primeiros estudos estudos no Seminário de Braga, onde foi ordenado sacerdote. Ingressando alguns anos depois na Universidade de Comillas, em Santander, Espanha, chegou a Coimbra para concluir a licenciatura em Filosofia. Já na Faculdade de Letras, Miguel Baptista Pereira foi o arguente da tese de José Afonso.Tendo prosseguido os seus estudos na Alemanha, defendeu a sua tese de doutoramento em 1967, num texto – "Método e Filosofia em Pedro da Fonseca" – que foi um "ajuste de contas com todo o pensamento ocidental".Contratado como professor na Faculdade de Letras, na década de 60 tomou sempre o partido dos estudantes contra a repressão instalada, à semelhança de amigos como Orlando de Carvalho, Victor de Matos ou Paulo Quintela, o que viria a valer-lhe um forte travão na carreira.Após o 25 de Abril, Miguel Baptista Pereira pertenceu aos órgãos directivos da Faculdade de Letras e a sua obra passou por publicações como a Biblos e a Revista Filosófica de Coimbra. Conselheiro da Gulbenkian, o professor deu nome a um prémio anual da Fundação Engenheiro António de Almeida. Aquando da sua jubilação, foram publicadas duas obras: "Ars Interpretandi – Diálogo e Tempo" e "O Homem e o Tempo".
Lídia Pereira

Declarações:
Na figura de Miguel Baptista Pereira e no modo particular que assumiu a sua intervenção, na Faculdade de Letras e fora dela, ao longo de muitos anos, concentram-se o presente e o futuro, vividos ou pressentidos, reais ou utópicos, da Universidade portuguesa, da ideia de Universidade e da importância histórica da filosofia.Mas não é fácil uma síntese de poucas linhas. Se a Hermenêutica, que constitui o terreno filosófico onde se instalou, obriga a uma permanente reavaliação do passado em busca do que nele ainda permaneça inconcluso ou impensado, é uma análise radical do presente em permanente tensão para o futuro que constitui o tema favorito do seu trabalho e confere coerência à sua intervenção, pelos menos desde os meados da década de 60: como texto seminal, uma obra de Heidegger, Ser e Tempo; como problemática essencial, o conceito de "experiência", onde o pensamento é interpelado pelo real e responde; como preocupação decisiva, a distinção entre o que no presente ainda transporta o passado ou já prefigura o futuro; como lugar por excelência de exercício desta análise, a Universidade, sempre, mesmo quando, nos seus melhores momentos, aspirava revolucionar-se. Os seus alunos puderam conhecer autores fundamentais antes de se tornarem moda (Adorno, Benjamin, Gadamer, Hanna Arendt) porque Miguel Baptista Pereira manteve intacta uma relação com a novidade e com o futuro, que resultava directamente de uma funda, séria e, diria, cândida confiança no pensamento e na filosofia, que o levou a empenhar-se seriamente na reforma dos estudos filosóficos, marcando época. Uma confiança que, por outro lado, (ou é o mesmo?) alimentava a melancolia e a esperança, a alegria e o riso, a candura e a revolta de tantas palavras, atitudes, gestos, olhares. Hoje, é tudo isto que nos deixa um pouco menos sós.
António Pedro Pita

Miguel Baptista Pereira foi um mestre e um amigo para gerações e gerações de estudantes e de docentes que passaram pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Aliava a uma densa e profunda informação cultural e filosófica uma excelente e singular capacidade de pensar e uma notável aptidão para ensinar. Foi com ele que muitos de nós aprendemos a pensar filosoficamente o mundo, a vida, o homem e o tempo. Quem teve a oportunidade de seguir as suas aulas, de acompanhar a sua intensa produção filosófica ao longo de décadas e de conviver com o seu sentido crítico do pensamento e da realidade não pode deixar de lamentar o desaparecimento de um dos maiores vultos filosóficos do pensamento português na segunda metade do século XX. Nenhum momento da História da Filosofia, desde a Antiguidade à Época Contemporânea, nenhuma das grandes disciplinas filosóficas, com especial incidência na Hermenêutica, na Antropologia, na Ética e na Filosofia da Cultura, ficaram fora da sua investigação e do pensamento que desenvolveu nos seus livros e, sobretudo, em dezenas e dezenas artigos de notável densidade e penetração. Além disso, atento ao homem concreto, à vida e à sociedade, foi sempre um combatente pela liberdade, de pensamento e de acção, e, por isso, quando as circunstâncias eram adversas nunca deixou de estar ao lado de estudantes e colegas na luta contra o regime ditatorial que o 25 de Abril conseguiu vencer. Só a sua aversão às grandes tribunas da fama pelas quais nutria um explícito e assumido desprezo fez com que não seja hoje amplamente reconhecido a nível nacional como aquilo que realmente é: um dos maiores vultos da Filosofia em Portugal no século XX.Mas quem com ele conviveu e teve o privilégio de o ter como amigo guarda ainda outras marcas gratas da sua presença: a generosidade, o entusiasmo e a alegria de viver. É não apenas no pensamento que nos legou, mas nessa memória festiva que ele hoje continua também dentro de nós.
João Maria André

domingo, 2 de março de 2008

Filósofos do sec. XXI

"A preferência do ser ao não-ser da existência funda-se precisamente numa experiência de sentido incondicionado, que possa prevalecer sobre a dor. a insipidez da existência ou a própria morte."

Miguel Baptista Pereira, Experiência e Sentido